Leo, fica intrigado com a nova aluna da sua escola chamada Stargirl, é uma rapariga diferente de todos os outros que tenta mostrar as suas verdadeiras cores em vez de se “camuflar”.
Sobre o filme:
Pode ser confundido com a série da DC com o mesmo nome, no entanto este filme é uma adaptação de um livro de 2000 escrito por Jerry Spinelli como o mesmo nome.
Embora tenha um ritmo lento no início, isso muda ao chegar á segunda parte…é um filme que tem um final aberto, mas que não dá a entender que vá ter uma sequela (embora haja uma sequela do livro).
Leo é o narrador que nos vai resumir a história antes de Stargirl aparecer e só volta a narrar no final do filme como que a fechar a história.
Os cenários e adereços acompanham o “mood” dos seus participantes, quando se sentem mais “como todos os outros” ou “com a sua própria cor”.
Não é um musical, embora contenha musica e seja um pouco musical na sua narrativa…contém também o típico “tudo fica bem com uma canção” muito usado nos filmes da Disney.
É um romance, com algum drama á mistura e uma pitada de comédia.
Indicado para todas as idades, no entanto os mais pequenos não são o alvo principal…é mais indicado para adolescentes e pré-adolescentes.
Grace VanderWaal dá corpo e voz a Stargirl, para quem gosta da cantora e das suas músicas, pode esperar algo dentro do seu estilo. Nos créditos finais temos algumas fotos tiradas em estilo de polaroid como que a mostrar as memórias que ficaram marcadas…e com uma pequena cena em que Grace (Stargirl) aparece a cantar ao lado de Leo (cena esta incluída no videoclip da música).
Personagens:
Embora a lista de personagens que participam na narrativa seja pequena, não sentimos que seja necessário haver mais…porque o objetivo deste filme é passar uma mensagem simples e clara e para isso não é preciso haver muitas personagens.
Stargirl:
A rapariga que traz as suas cores e música para a escola, tentando mostrar a todos que podem ser eles mesmos. Não deixa que a sociedade a defina; sem medo de ser julgada…simplesmente é ela mesma…com a ingenuidade e inocência de uma criança; consegue apreciar o que há de bom e dá valor ás pequenas coisas. Faz gestos de pura bondade sem querer qualquer reconhecimento, o que algumas pessoas não conseguem compreender. Ela é uma “alma antiga”, sem se prender ao mundo moderno e ás modas e limitações da sociedade; não segue multidões, apenas o seu coração; pensa antes de agir no entanto é espontânea nas suas ações…faz e diz tudo sem filtros.
Leo:
O rapaz que percebe que a sociedade não aceita as pessoas diferentes, que sofre com isso e decide aprender a ser como todos os outros. Tímido, reservado, não mostra a sua maneira de ser e gostos verdadeiros por medo de ser julgado. É a representação da maioria da sociedade, a tentar encaixar-se em certos padrões, a respeitar as normas.
Música/Som e Imagem:
Cuidado com a imagem ao nível dos filmes de festivais…com uma temperatura de cor quente.
Os cenários são pensados ao detalhe, sem qualquer coisa fora do sítio ou distração visual.
Algo que pode inquietar os espectadores é o “tremer de câmara” quase sempre presente…mesmo que suave.
Bem misturado a nível de som, nada está “demais” ou “de menos”.
As músicas são em estilo acústico com um toque indie/pop.
O score (música de fundo) tem um toque de esperança e inocência…tanto temos músicas mais acústicas com instrumentos de cordas, como mais progressiva e minimalista com um toque eletrónico.
Mensagem do filme:
Stargirl: “As pessoas não ficam felizes porque ganham…elas ganham porque estão felizes.”
Mãe de Leo: “Descobrir quem realmente somos é provavelmente a única coisa que ninguém pode fazer por nós.”
Estas duas frases são a mensagem que o filme tenta passar, que temos que ser nós mesmos, de não seguir multidões, encontrarmo-nos a nós mesmos e seguir o nosso próprio caminho sendo únicos e sem filtros. Este filme mostra 2 tipos de pessoas, e como elas lidaram com a situação a que a sociedade as restringe e tenta encaixar em rótulos. Leo sendo a pessoa que muda para se encaixar e Stargirl a rapariga que aceita a sua diferença.