Enola Holmes — Análise

Regressamos ao universo de Sherlock Holmes com este filme lançado pela Netflix, no entanto, este filme é focado na sua irmã mais nova, Enola. Este filme foi bastante antecipado por muita gente visto se tratar de Sherlock Holmes e à grande quantidade de fãs espalhados pelo mundo inteiro.

Sinopse

Começamos com uma introdução pequena das personagens com um grande foco em Enola (interpretada por Millie Bobby Brown) e a mãe, Eudoria (interpretada por Helena Bonham Carter) e umas pequenas menções a Sherlock (interpretado por Henry Cavill) e Mycroft (interpretado por Sam Claflin). A história começa com Sherlock e Mycroft a sair de casa, visto que eles são muito mais velhos que Enola, e Enola a ficar sozinha em casa com a mãe pois o pai tinha falecido. Vemos uns momentos da infância de Enola em que ela é ensinada e educada pela mãe de uma maneira peculiar. Depois segue-se a estória principal e o desenvolver das personagens, ficamos a conhecer outras personagens como Tewkesbury (interpretado por Louis Partridge) que se torna uma das personagens principais. De seguida um caso cai nas mãos de Enola e no resto da estória vemo-la a resolvê-lo.

Personagens

Em relação às personagens, falemos primeiro das melhores, Sherlock está bem caracterizado por Henry Cavill, no entanto, parece um pouco uma cópia do Sherlock da BBC, interpretado por Benedict Cumberbatch. Depois temos Eudoria, mãe dos irmãos Holmes, uma excelente caracterização por parte de Helena Bonham Carter, que só demonstra o quão boa atriz ela é, só é pena terem dado tão pouco tempo de ecrã, o mesmo é aplicável a Henry Cavill. De seguida falaremos de Tewkesbury, uma personagem bastante presente no filme e que ajuda no desenvolver da estória, está muito bem interpretada pelo ator e merece reconhecimento pelo seu excelente trabalho. Uma das piores personagens deste filme foi sem dúvida Mycroft, apesar do excelente ator e de ele ter representado bem o papel que lhe foi dado, a personagem em si é demasiado machista, sendo todo o papel e personalidade da personagem baseada nesta característica fazendo com que dê para ver que tinha muita falta de carácter, com isto, é deveras infiél à caracterização original por parte de Sir Arthur Conan Doyle. E por último falaremos da personagem principal que dá nome a este filme, Enola Holmes, interpretado pelo jovem atriz Millie Bobby Brown, a personagem em si não é das piores, apenas perde muito por ter demasiado destaque e todos acharem que ela é comparável a Sherlock, o que no final claramente isto não é visível, ela apenas teve sorte e imensas pistas encontradas por acaso ou dadas pela própria mãe, enquanto isso Sherlock desvendou tudo por si próprio e sem qualquer ajuda externa. Enquanto à caracterização por parte de Millie ainda precisa de aprender algumas coisas, tanto como atriz e produtora, o sotaque britânico é claramente falso, apesar de ela ser britânica viveu já muito tempo nos Estados Unidos da América.

Opinião

Apesar de todas as críticas positivas, este filme deixa um pouco a desejar, é demasiado comprido tendo algumas partes onde nada acontece, também é quebrada a quarta barreira, onde as personagens falam diretamente para os espectadores, mas está um pouco mal feita e desajeitada. No geral, não é um mau filme, mas não recomendo para quem for um grande fã de Sherlock, quer dos contos quer da série da BBC. No entanto, recomendo se quiserem ver com as vossas filhas, primas ou sobrinhas de 8 a 14 anos. E para acabar, a pior foi não terem dado crédito a quem realmente criou as personagens, Sir Arthur Conan Doyle, apenas tendo sido creditada a escritora que fez o livro que inspirou este filme.