Não há razões para não ver «13 reasons Why»

Muito se tem falado sobre o impacto que a série «13 Reasons Why» tem tido na Internet. Desde artigos em diversos sites que discutem o enredo e a banda sonora ouvida, tweets dos espectadores e sobretudo da postura “adulta” que trata problemas sociais como “bullying” e o suicídio adolescente nunca antes retratados desta forma numa série televisiva.

Inspirado num livro com o mesmo nome, devo confessar que comecei a ver esta série por curiosidade sem ler nada antes e de não fazer minima ideia do que se tratava. À medida que juntava as peças que completavam a história trágica de Hannah Baker e dos treze motivos que fizeram com que uma adolescente tirasse a sua própria vida, apercebo-me que estou rendido à trama. Parecia até que era um aluno do liceu Liberty High, que assisti a tudo e não pude fazer nada quanto a isso.

Apesar de ser uma história de ficção, o drama é real e atravessa as camadas jovens nos Estados Unidos de forma preocupante. De acordo com os dados da healthychildren.org, o suicidio adolescente (entre os 15 e os 24 anos) nos EUA, é a terceira maior causa de morte nesta faixa etária, seguida por homicídios e acidentes de viação.

Sem ser “spoiler”, assistir os 13 episódios que compõem a série é uma experiência televisiva que, sem dúvida, vai marcar 2017. Em traços gerais, para mim, é uma mistura entre «Twin Peaks» com o filme «The Perks of Being a Wallflower».

Com um elenco relativamente desconhecido, uma banda sonora adequada e uma história intensa, não há motivos para não ver «13 Reasons Why».