Quase 20 anos depois, o quarto congresso dos jornalistas portugueses realizou-se entre dia 12 e 15 de Janeiro no cinema São Jorge em Lisboa.
Só de pensar que no anterior congresso era uma criança e o jornalismo era uma “coisa de adultos”, o facto de ter presenciado foi algo esclarecedor, relevante e uma chamada de atenção para o meu futuro.
A profissão tem sido alvo de perda de credibilidade e de precariedade no sector, principalmente para os jovens (como eu) que querem entrar no mercado de trabalho. Ao mesmo tempo existem pequenas luzes de esperança e que me fazem pensar que é ainda possível ser um “romântico sonhador” (expressão usada em vários momentos no congresso).
Um dos pontos altos foi, sem dúvida, ter presenciado a palestra de Michael Rezendes (da equipa Spotlight). Ter o conceituado jornalista norte-americano a contar na primeira pessoa, o percurso na carreira, as histórias do “backstage” do caso que originou o filme e as preocupações do futuro da profissão foi algo verdadeiramente de incrível
“Mais 50% recebe menos de 1000€ por mês. A maioria trabalha mais de 40 horas por semana. Quase 80% são licenciados” são alguns dos principais números que ressoaram sobre a realidade da classe jornalística portuguesa.
Cabe agora de inverter este paradigma catastrofista, mas, para tal, o caminho será longo, mas sem nunca esquecer que o “sonho comanda a vida”.